Quando
músicos cristãos se reúnem, que temos a tendência a de assumir que todos nós
temos a nossa teologia em baixa e podemos nos concentrar em aperfeiçoar nossa
musicalidade, descobrir novos equipamentos e melhorar as nossas técnicas e
metodologias. Ou talvez nós pensamos que a teologia não é tão importante. Seja
qual for a razão, eu queria deixar claro que, mesmo na cúpula dos músicos
cristãos, teologia importa.
A teologia
é, literalmente, o “estudo de Deus”, em particular em como ele se revelou nas
Escrituras. Isso inclui não só estudar a Bíblia, mas a compreensão de como as
diferentes partes da Bíblia se encaixam. Músicos cristãos precisam saber
teologia. Mas antes de eu explicar o porquê, aqui estão quatro objeções
potenciais que as pessoas podem ter.
1.
As pessoas simplesmente discutem sobre teologia.
Sim. Em
parte porque nós somos pecadores. Mas, principalmente, porque existem algumas
verdades que valem a pena defender e lutar. E até mesmo morrer.
2.
Teologia só torna a vida complicada.
Depende do
que você quer dizer com complicado. Se você acha que saber tocar o seu
instrumento faz com que seja complicado, então sim, a teologia torna a vida
complicada. Teologia não torna a vida complicada. Ele realmente faz a vida mais
simples. Ela nos protege da leitura de versículos fora de contexto ou de apenas
ler nossas passagens favoritas. Teologia nos diz o que palavras como glória,
evangelho, salvação e amor significam. Teologia nos ajuda a compreender o que
estamos realmente fazendo todos os domingos. O que complica a vida não é
teologia, mas a ignorância da teologia.
3.
Estudar teologia torna as pessoas orgulhosas.
Não deveria.
Quanto melhor conhecemos a Deus, mais humilde deveríamos ser. Devemos perceber
que o que sabemos será sempre ofuscado pelo que não sabemos.
4.
Nunca saberemos tudo de qualquer maneira.
Só porque
não podemos saber tudo sobre Deus, não significa que não podemos saber algumas
coisas realmente. Deus se revelou a nós em sua palavra e nos deu o seu Espírito
para que possamos conhecê-lo.
Aqui estão
três razões pelas quais a teologia é importante para músicos cristãos.
1.
Você já é um teólogo.
Todo
cristão, musicalmente ou de outra forma, já é um teólogo. A questão é, você é
um bom teólogo ou um mau? Somos bons teólogos se o que dizemos e pensamos sobre
Deus se alinha com o que a Bíblia diz e afirma. Somos teólogos ruins se nossa
visão de Deus é vaga, ou se pensamos que Deus realmente não se importa com o
pecado, ou seja, vemos Jesus como um bom exemplo e não um Salvador, ou se o
nosso Deus é pequeno demais para vencer o mal ou grande demais para se
preocupar conosco.
2.
Deus se revela principalmente por meio de palavras, não de música.
Porque nós
encontramos Deus profundamente durante os tempos de adoração musical, podemos
erroneamente começar a assumir que as palavras restringem o Espírito, enquanto
a música nos permite experimentar Deus de maneiras novas e poderosas. Se Deus
quisesse que nós o conhecêssemos principalmente através da música, a Bíblia
seria uma trilha sonora, não um livro. A música afeta e nos ajuda de muitas
maneiras, mas não substitui a verdade sobre Deus. Por si só, a música nunca
pode nos ajudar a entender o sentido de auto-existência de Deus, a natureza da
Encarnação, ou a expiação substitutiva de Cristo. Simplificando, a verdade dura
mais que as músicas.
3.
Ser bons teólogos nos torna melhores músicos.
Teologia nos
ensina o que a música se destina a fazer.
Música é
destinada à desenhar e expressar fortes emoções para Deus.
A música é
utilizada para servir as palavras, não predominar ou ofuscá-las.
Música é destinado
a edificar e expressar a unidade na igreja, não desencorajar e dividi-la.
Música, com
todos os seus estilos, variações e gêneros, destina-se a dar-nos uma imagem da
criatividade e da glória de Deus.
A música não
se destina a trazer Deus para nós, fazer Deus mostrar-se, ou de alguma forma
manipular a presença de Deus. Esse é o trabalho do Espírito Santo, e ele pode
fazer-nos tomar consciência da presença de Deus com ou sem música.
Teologia
nos ensina que a adoração é mais do que música.
As palavras
que usamos para traduzir “adoração” no Antigo e Novo Testamento tem a ver com
curvar-se, mostrando reverência, e servir a Deus em toda a vida. Apenas algumas
vezes adoração é conectada com a música.
A música é
uma expressão da minha adoração a Deus, não a soma total dela ou mesmo a melhor
parte dela.
Deus é
adorado quando os maridos amam suas esposas, quando as crianças obedecem e
honram os seus pais, quando compartilhamos o evangelho, quando estamos
empenhados em uma igreja local, quando servimos uns aos outros, quando somos
generosos e alegre no meio das provações. Nós estamos adorando a Deus quando em
sua graça resistimos a fofoca, a pornografia, e a raiva.
Teologia
nos ensina que Jesus é melhor do que música.
A música
pode me dar conforto temporário. Jesus pode me dar conforto duradouro. 2Ts
2.16: “E o próprio Jesus Cristo, nosso Senhor, e Deus, nosso Pai, que nos amou
e pela graça nos deu uma eterna consolação e boa esperança.”
A
música não pode me levar à presença de Deus – Jesus pode e fez.
Hb 10.19
“Portanto, irmãos, tendo coragem para entrar no lugar santíssimo por meio do
sangue de Jesus.”
Música
não morreu pelos meus pecados para me reconciliar com Deus. Jesus fez.
1 Pd 3.18
“Porque também Cristo morreu uma única vez pelos pecados, o justo pelos
injustos, para levar-nos a Deus; morto na carne, mas vivificado pelo Espírito.”
A
música não é o mediador entre mim e Deus. Jesus é.
1Tm 2.5
“Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus,
homem.”
A música só
pode fazer-me SENTIR esperançoso. Jesus ressuscitou dos mortos para me dar
esperança REAL PARA SEMPRE.
1 Pd 1.3
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos regenerou para
uma viva esperança, segundo a sua grande misericórdia, pela ressurreição de
Jesus Cristo dentre os mortos.”
Por:
Bob
Kauflin. Copyright © 2013 Worship Matters. Original: From the Archives:
Why Theology Matters to Musicians
Sobre o
autor:
Bob
Kauflin é pastor do Sovereign Grace Ministries desde 1985. Antes de
se tornar pastor, viajou por 8 anos com um grupo chamado GLAD, como compositor
e arranjador. Atualmente é diretor do ministério de adoração da organização
para a qual trabalha, supervisionando seus projetos musicais e ensinando sobre
adoração comunitária.
Fonte: Site
Adorando
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